quarta-feira, 7 de julho de 2010

Comitê organizador ainda não definiu quem entregará a taça da Copa

O Comitê Organizador da Copa do Mundo da África do Sul ainda não decidiu quem entregará, no próximo domingo, a Taça Fifa ao capitão da equipe vencedora da final, que terá a Holanda contra Alemanha ou Espanha.
"Não há um protocolo específico sobre quem deve entregar a Taça ao capitão vencedor. Em cada Mundial é tomada uma decisão diferente, e é competência do Comitê Organizador local", explicou o porta-voz da Fifa, Nicolas Maingot.
A lista de personalidades que terão convites para a final também não está fechada e continua a dúvida sobre se, finalmente, estará presente no camarote o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, uma das figuras mais carismáticas do continente.
"A lista não está confirmada. O presidente brasileiro Lula estará aqui em visita oficial, sabemos que também estará o presidente (sul-africano) Jacob Zuma, e, quanto a Mandela, ele tem um convite aberto, mas não sabemos se poderá assistir", disse o porta-voz do Comitê Organizador local, Jermaine Craig.
Sobre a cerimônia de encerramento, Craig confirmou a atuação da cantora colombiana Shakira para interpretar a música oficial do Mundial "Waka Waka", "mas também artistas africanos. Se a cerimônia inaugural esteve centrada em temas africanos, a de encerramento terá um componente mais moderno e mais jovem", apontou.
Sobre as críticas recebidas de parte da imprensa internacional sobre a organização do Mundial, Craig disse que o Comitê está "muito satisfeito de que a África do Sul, como país, tenha podido demonstrar não só sua capacidade organizativa, mas também seus atrativos".

Exames descartam fratura em mandíbula de De Zeeuw, segundo imprensa holandesa

  • Cáceres, do Uruguai, acertou o rosto 
de De Zeeuw; exames descartaram fratura no jogador holandês Cáceres, do Uruguai, acertou o rosto de De Zeeuw; exames descartaram fratura no jogador holandês

A seleção holandesa recebeu uma boa notícia nesta quarta-feira. De acordo com a imprensa do país, Demy de Zeeuw não fraturou a mandíbula. Havia o temor de que o meio-campista tivesse se lesionado com gravidade durante a partida contra o Uruguai, nesta terça, pela semifinal da Copa do Mundo.
Durante o primeiro tempo do jogo, De Zeeuw levou a pior em um lance com Martin Cáceres. O jogador uruguaio tentou um chute de bicicleta, mas acertou o rosto do meio-campista holandês.
À noite, De Zeeuw passou por exames em um hospital da Cidade do Cabo. Os testes mostraram que não houve fratura, mas alguns dentes foram atingidos.
Embora tenha continuado em campo após o choque, De Zeeuw não voltou para o segundo tempo e foi substituído por Rafael van der Vaart.
A Holanda venceu o Uruguai por 3 a 2 e se classificou para a final da Copa. No domingo, a equipe enfrentará o vencedor de Alemanha e Espanha, que jogam nesta quarta-feira em Durban às 15h30 (horário de Brasília).

Finalista da Copa, Holanda tenta entrar para o grupo dos "campeões 100%"

Carlos Barria/Reuters
Holanda, de Van Bronckhorst, briga para coroar campanha perfeita na Copa

A Holanda tem a chance de ser campeã mundial pela primeira vez e, de quebra, entrar para um grupo restrito. Enquanto dribla a ansiedade pela partida de domingo e aguarda a definição entre Alemanha e Espanha para conhecer seu rival, a Oranje tem outro motivo para entrar para a história. A equipe tem a chance de conquistar a taça com 100% de aproveitamento na competição, feito alcançado poucas vezes.

QUAL SERÁ O OUTRO FINALISTA DA COPA?

  • Alex Livesey/Getty Images Espanha, de Villa, luta por inédito título mundial
  • Kai Pfaffenbach/Reuters Alemanha, de Klose, tenta levar taça pela 4ª vez
Em apenas quatro ocasiões, o campeão mundial venceu todas as suas partidas no torneio. Uruguai (1930), Itália (1938) e Brasil (1970 e 2002) ostentam esta marca e podem ganhar a companhia dos holandeses.
Na África do Sul, a Holanda cumpriu uma campanha perfeita até aqui. Na primeira fase, a equipe derrotou Dinamarca (2 a 0), Japão (1 a 0) e Camarões (2 a 1). Nas oitavas de final, a Oranje superou a Eslováquia (2 a 1) e, na fase seguinte, eliminou o Brasil (2 a 1). A vaga na final foi conquistada com o 3 a 2 sobre o Uruguai nesta terça-feira.
Neste Mundial, a Holanda chegou a uma marca que nem a famosa equipe da década de 70, conhecida como Laranja Mecânica, alcançou. A seleção holandesa nunca havia vencido seis partidas em uma mesma edição da Copa. Agora, a equipe tem a possibilidade de conquistar outro feito: entrar para o grupo dos “campeões 100%.”
Curiosamente, as três primeiras edições da Copa contaram com finalistas com 100% de aproveitamento. Em duas delas, as duas equipes que chegaram à decisão haviam vencido todos os seus jogos anteriores: Argentina e Uruguai (1930) e Itália e Hungria (1938). Em 1934, a Tchecoslováquia ganhou suas três partidas antes de enfrentar a Itália.
Cabe lembrar que, nestas primeiras edições da Copa, as seleções jogaram menos vezes - o que torna a campanha holandesa ainda mais marcante. Em 1930, Argentina e Uruguai entraram em campo quatro e três vezes, respectivamente, antes da final. Tchecoslováquia (1934), Itália e Hungria (1938) precisaram de apenas três partidas para alcançar a decisão. Em 1954, a Hungria também se tornou finalista da Copa com aproveitamento total: a seleção venceu seus três jogos antes da decisão.
O Brasil também teve campanhas excelentes em 1970 e 2002. No México, a equipe venceu cinco jogos antes de decidir o título com a Itália. No Mundial disputado no Japão/Coreia do Sul, foram seis triunfos até o duelo contra a Alemanha.
No entanto, a Holanda pode amargar um feito que não ocorre desde 1954, quando um time que venceu todas as partidas anteriores foi derrotado logo na decisão. Naquela ocasião, a Hungria chegou à final contra a Alemanha Ocidental como favorita, mas perdeu por 3 a 2. A Tchecoslováquia, em 1934, caiu diante da Itália. Argentina e Hungria foram superados em 30 e 38, respectivamente.
O adversário da Holanda na final deve se preparar para quebrar uma marca que dura desde 1978. Em casa, a Argentina foi a última seleção campeã do Mundial que teve a “mancha” de uma derrota em sua campanha. Curiosamente, os argentinos venceram os holandeses - que voltam a disputar uma final de Copa após 32 anos.
Na atual edição do Mundial, Alemanha e Espanha perderam para Sérvia e Suíça, respectivamente. Alemães e espanhóis decidem nesta quarta-feira quem enfrentará a Holanda na final da Copa. A partida, que será disputada em Durban, começará às 15h30 (horário de Brasília).

Cacau deve ir a campo na luta para ser 2º brasileiro naturalizado em final

A seleção de Dunga já partiu da África do Sul de volta para casa, assim como o trio de arbitragem liderado por Carlos Eugênio Simon já foi dispensado pela Fifa. Desta forma, o único brasileiro que tem chances de pisar em campo nas partidas finais da Copa é Cacau, atacante que defende a Alemanha e luta para igualar um feito de 76 anos em Mundiais.

COMO CACAU VIROU ALEMÃO

  • Joern Pollex / Getty Images Dias antes da Copa, uma reportagem do UOL Esporte contou como Cacau chegou à Alemanha e de que forma o atacante conseguiu um lugar em um time da primeira divisão do país, iniciando a trajetória que hoje se encontra na Copa do Mundo.

    O jogador contou com o apadrinhamento do ex-atacante Paulo Rink, primeiro brasileiro a vestir a camisa da seleção alemã, entre o fim dos anos 90 e o começo desta década. O atual dirigente do Atlético-PR ajudou a lançar Cacau do amadorismo ao time principal do Nuremberg.

    Antes, Cacau havia chegado à Alemanha por intermédio de um de seus primeiros técnicos. Em 1999, Claudemir Jeronimo Baretto jogava em uma escola de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, e foi encaminhado a um time amador de Munique, da colônia turca, através de um primo do então treinador da época. Foi o primeiro passo até o Stuttgart e até feitos como o título alemão em 2007.
Apenas um brasileiro na história conseguiu disputar uma final de Copa atuando por outra seleção, como um jogador naturalizado. O personagem em questão é Filó, que foi campeão com a Itália em 1934, em casa, no Mundial de Mussolini.
Conhecido no futebol como Filó, Anfilóquio Guarisi Marques jogou nos anos 20 no ataque do paulistano ao lado de Friedenreich, lenda do futebol amador brasileiro. O atacante chegou a ser convocado para a seleção, mas acabou finalmente defendendo a Itália depois de se transferir para a Lazio e, igualmente, graças a sua ascendência italiana.
Setenta e seis anos mais tarde, a mesma chance de glória por um outro país surge diante de Cacau. O atacante esteve fora das duas últimas partidas da Alemanha na Copa, nas vitórias sobre Inglaterra e Argentina, em razão de um problema muscular. No entanto, o brasileiro participou das atividades dos últimos dias e tem chances ser a novidade no time titular, na vaga de Thomas Müller, suspenso.
"O Cacau fez o treino final de maneira normal, com muito empenho, veio para o campo. Nossos médicos vão analisá-lo outra vez, mas ele não sentiu nenhuma dor e está à disposição", afirmou o técnico Joachim Löw na terça-feira.
Reserva da Alemanha de Löw na Copa, Cacau contribuiu com um gol para o ataque mais eficiente do Mundial até o momento. O brasileiro entrou no lugar de Klose ao longo do jogo e anotou um na vitória por 4 a 0 sobre a Austrália na partida de estreia.
Alemanha e Espanha definem a vaga na final da Copa nesta quarta (15h30, de Brasília) em jogo na cidade de Durban, no estádio Moses Mabhida.

Villa e Klose buscam recordes pessoais no duelo eficiência x regularidade

David Villa e Miroslav Klose querem mais que a vaga na final da Copa do Mundo na partida entre Espanha e Alemanha, às 15h30 (de Brasília) desta quarta-feira, em Durban. Individualmente, ambos podem alcançar recordes pessoais de grande expressão. Para isso, Villa conta com a eficiência demonstrada com a camisa da Fúria, enquanto Klose aposta na regularidade que já o alçou a lugar de destaque na história do Mundial.
O objetivo do alemão (polonês de nascimento) é igualar Ronaldo como maior artilheiro das Copas. Ele tem 14 gols, um a menos que o brasileiro. Fez cinco gols em 2002, mais cinco em 2006 e já deixou sua marca quatro vezes na África do Sul. Esbanjou regularidade para ser o principal goleador da última Copa e o vice da edição disputada na Coreia do Sul e no Japão.
“Quero fazer cinco gols nesta Copa do Mundo. Se conseguir seis, ficarei muito feliz. Espero que Ronaldo não tenha medo de mim. Nos falamos depois da final do Mundial de 2002 e não imaginava que iria chegar perto desta situação”, destacou Klose, autor de dois gols no último domingo, na goleada por 4 a 0 sobre a Argentina pelas quartas de final.
Do outro lado, Villa ainda não tem tanta história na Copa, mas luta para isso. Com cinco gols marcados na atual edição (fez três em 2006), ele é o principal artilheiro, empatado com o holandês Sneijder. Mais um gol o fortalece nesse briga e já lhe garante um recorde nacional.
O atacante do Valencia tem 43 gols e está a um de se igualar a Raúl como o principal goleador da seleção espanhola. Ele chegou a essa marca em 58 jogos, atingido boa média de 0,74 por partida. Para efeito de comparação, Raúl precisou de 102 partidas para fazer os 44 gols (média de 0,43).
“Villa é um jogador excepcional. Ele é tecnicamente muito forte e ágil. Villa é muito difícil de parar quando está só com um zagueiro na sua frente. Nós temos que fazer a mesma coisa que fizemos com o Messi”, recomendou Klose, de 32 anos. O espanhol tem 28.
Villa chegou à Copa em melhor fase que o alemão. Fez 34 gols em 53 jogos na última temporada e foi titular absoluto do Valencia (ficou apenas uma partida no banco durante o Espanhol). Klose, por sua vez, totalizou 44 jogos na última temporada pelo Bayern, saindo do banco em 23.
“O Klose teve problemas no Bayern nos últimos anos, mas sempre rende pela seleção. Ele sabia que precisava treinar duro para se preparar e que estava sem ritmo, mas nunca foi necessário dizer isso ao Klose. Não é nenhuma surpresa que ele esteja fazendo gols”, elogiou o técnico da Alemanha, Joachim Low.
Ex-companheiros de Real Madrid, Ronaldo e Raúl têm motivos de sobra para acompanhar a semifinal entre alemães e espanhóis nesta quarta-feira e torcer pela manutenção de seus recordes. Já Villa e Klose farão de tudo para frustrar os dois "secadores".
 
Villa
                                                                                                                                         Klose

   4                                                                                Assistências                                              0
177 Bolas recebidas 64
18 Dribles 3
13 Faltas recebidas 4
23 Finalizações 12
5 Gols 4
101 Passes certos 48
27 Passes errados 9
78,9% Aprov. de passes 84,2%

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Top 7 - Os erros que eliminaram a seleção brasileira na Copa do Mundo

 

POUCA CRIATIVIDADE

Já em maio, ao convocar a equipe que ia à Copa, Dunga deixou clara a sua prioridade: um meio-campo marcador. Dos oito jogadores do setor, seis tinham características mais defensivas do que de criação. Kaká não tinha um substituto à altura. Não à toa, o lateral Daniel Alves entrou em todas as partidas na função de meia.

DESCONTROLE

Com dez em campo e perdendo o jogo, o Brasil mostrou impressionante desequilíbrio. Até Robinho quis brigar com os holandeses. O capitão Lucio não fez um único gesto no sentido de acalmar o time ou mostrar comando. Em sua terceira Copa, Kaká e Gilberto Silva igualmente se omitiram. Não houve um brasileiro em campo capaz de orientar os demais, acalmá-los ou mostrar liderança

MELHOR DEFESA DO MUNDO

Louvada em verso e prosa, a zaga brasileira mostrou, de fato, grande qualidade contra adversários de menor expressão, mas falhou seriamente na partida decisiva. Julio Cesar, “melhor goleiro do mundo”, e Felipe Melo foram na mesma bola no lance do primeiro gol holandês. No segundo, Sneijder, com 1m70, não precisou nem sair do chão para cabecear na direção do gol brasileiro.

DESTEMPERO DE FELIPE MELO

A expulsão de Felipe Melo era considerada certa em qualquer casa de apostas. A dúvida era saber em que jogo ocorreria. Acabou sendo numa partida decisiva. O volante já tinha deixado a marca da sua chuteira em Pepe, na partida contra Portugal, mas mereceu apenas um cartão amarelo. Contra a Holanda, quando o Brasil perdia por 2 a 1, deu um pisão em Robben e corretamente ganhou um cartão vermelho direto.

KAKÁ PELA METADE

Numa situação normal, o camisa 10 da seleção talvez fosse poupado no início da Copa. Mas Dunga apostou todas as suas fichas nele e Kaká acreditou que seria o protagonista deste Mundial. Em más condições, passou uma boa parte da fase de preparação se recuperando fisicamente e jamais encontrou a forma perfeita durante o torneio. Apesar de ter dado assistência em três gols brasileiros, o meia foi uma grande decepção.

DUNGUISMO

O técnico da seleção implantou uma filosofia de trabalho na contramão de todas as tradições do futebol brasileiro. Fez o elogio da marcação perfeita, do posicionamento rígido, criticou o individualismo, desprezou o futebol-arte e, pragmático, mirou exclusivamente o resultado. O Brasil teve poucos momentos de bom futebol na África do Sul, e não compensou o torcedor com a vitória final.

MUNDO PARALELO

A euforia e a confusão na fase de preparação da Copa de 2006 foram eleitas, quatro anos depois, como as causas da derrota na Alemanha. A imprensa foi escolhida como inimigo preferencial. O mundo exterior à seleção se transformou numa ameaça constante – nem os parentes dos jogadores deveriam vir à Copa, recomendou Dunga. Isolada como num quartel, a seleção viveu uma realidade paralela na África do Sul.

Schweinsteiger vê Espanha como melhor do mundo e fala em vingança da Euro

A derrota na decisão da Eurocopa para a Espanha ainda está fresca na memória dos alemães. Principal jogador da seleção germânica na fase final da Copa do Mundo, o volante Schweinsteiger não escondeu o descontentamento pela perda do título continental em 2008 e afirmou que pretende se vingar do rival ibérico no duelo das 15h30 da próxima quarta-feira, em Durban.
“Ficamos muito decepcionados por essa final. A Espanha era melhor e no fim só ganhou por 1 a 0. Mas é claro que temos um sentimento de vingança. Vamos mostrar que podemos ganhar. Apesar de eles serem melhores no papel, já mostramos que somos capazes de derrotar equipes superiores”, avaliou o atleta do Bayern de Munique.
Depois de confirmar o título europeu, a Espanha chegou à Copa do Mundo como uma das grandes favoritas ao título. A Alemanha, por outro lado, foi para a África do Sul menos badalada. Mas os papeis acabaram se invertendo no decorrer da competição.
Após eliminar equipes como Inglaterra e Argentina com goleadas, a Alemanha vai para a semifinal como favorita. Para Schweinsteiger, no entanto, a Espanha segue com grandes chances de avançar por ser a “melhor seleção do mundo”, segundo suas próprias palavras.
“Para mim, a Espanha é a melhor equipe do mundo. Será duro jogar contra eles como foi contra Inglaterra e Argentina. Mas tenho muita fé no nosso time, pois já vimos tudo o que podemos fazer se trabalharmos unidos”, ressaltou o atleta antes de pedir para a Alemanha anular os homens de criação da equipe ibérica.

“Temos que segurar o Iniesta, o Xavi e o Xabi Alonso. São eles que criam as chances para o Villa e o Torres. A Espanha ainda não está jogando o que todos esperavam, mas as grandes equipes conseguem ganhar mesmo quando isso acontece”, concluiu o meio-campista.
  • Schweinsteiger pediu para a seleção 
alemã anular os homens de criação do atual campeão europeu Schweinsteiger pediu para a seleção alemã anular os homens de criação do atual campeão europeu